«Antes de saber se as civilizações podem chocar ou devem dialogar, é preciso ver bem se esta história de dividir as pessoas por civilizações faz sentido.» Amartya Sen
A Mediação
A Mediação procura estimular a aquisição de competências, saberes, disposições que potenciam as capacidades e poder de actuação dos membros que sofrem a exclusão. Procura localizar e diminuir o ruído que perturba a comunicação entre eles e as instituições, cidadãos, autoridades da sociedade, de modo a contrapor à paralisia da incomunicação, uma dinâmica de comunicação que tenha por base o conhecimento e respeito mútuo. A Mediação é o gigante ainda adormecido da resolução de conflitos, do estabelecimento de consensos e da procura de soluções participadas. Sendo a mediação uma metodologia que pode ser aplicada a todas as situações negociais, e sendo a negociação uma actividade fundamental para o funcionamento de sociedades democráticas, alargadas, multiétnicas, multiconfessionais e com livre circulação de pessoas e bens, então a mediação irá certamente desempenhar um papel fundamental na vida de indivíduos, das instituições, das empresas e dos Estados. Neste momento a Associação MEDIAR está a desenvolver alguns projectos e tem em curso algumas candidaturas a nível tanto nacional como transnacional.
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
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5 comentários:
Bem haja mais um espaço para discutir ideias!
Acho que faz todo o sentido pois cada civilização tem a sua própria especifidade quer na sua cultura, costumes,tradições,etc...
É nessa diferença de civilização para civilização, de étnia para étnia que na diversidade dos povos se encontra uma grande riqueza, quer singularmente quer quando assimiladas, desde que se respeitem os hábitos e costumes de cada.
O excelente trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos anos pelo Centro Nacional de Apoio ao imigrante é o exemplo perfeito da necessidade e da utilidade da mediação sócio-cultural. Este trabalho que se traduz, entre outras coisas, na melhoria da qualidade de atendimento e na melhoria das relações entre as instituições, e entre os cidadãos e as instituições, deve-se sobretudo ao papel dos mediadores sócio-culturais. Assim, tenho como experiência própria, a crescente certeza que é cada vez maior a necessidade de criar pontes entre instituições, culturas, raças, etnias, etc.
A grande diversidade que é hoje uma realidade em ascensão na sociedade portuguesa, exige a sensibilidade de profissionais aptos a promover a harmonia nas relações e diálogo interculturais.
Rita Gonçalves
A mediação é uma actividade em construção, tanto pode ser cultural como educacional ou outra qualquer, o importante é existir tolerância e sensíbilidade, as problemáticas associadas à mediação são muito vastas e necessitam de grande empenhamento. Por estas razões, todos os esforços são poucos, para se conseguir sempre melhores resultados. Em Portugal, estamos a começar, o mais importante é fazê-lo bem.
Só há pouco tomei conhecimento com a mediação sócio-cultural.
Apesar de, por experiência própria, conhecer muitos problemas com que se deparam os mais desfavorecidos sócioeconomicamente nunca tinha pensado na hipótese da existência de mediadores. Têm um trabalho extenuante que fazem com um sorriso e um coração aberto.
Mais do que à mediação em sí,indiscutivelmente necessária, o meu apreço vai para todos os mediadores com que contactei, que levam a bom porto, com muita paciência e sem se desencorajarem casos em que ninguém pegaria.
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